Pouco a pouco, buscamos ser um canal de comunicação entre a sociedade e as pessoas que estão à frente do avanço tecnológico no nosso país, em especial na área espacial. Também temos como missão promover a educação e a valorização dos profissionais dedicados a essa nobre profissão, para que tenham melhores condições de divulgar o conhecimento e contribuir com o desenvolvimento nacional.
Aqui, no Brasil no Espaço, realizamos enquetes e buscamos ideias de como fortalecer a indústria espacial brasileira por meio de uma iniciativa popular, para que ela seja considerada uma política de Estado, com recursos próprios e ampla participação da sociedade. Não se trata de criar novos impostos, mas sim de desenvolver meios para que a população participe, se beneficie e, ao mesmo tempo, contribua para o avanço tecnológico em nosso país. Isso, consequentemente, pode ajudar a reduzir as desigualdades sociais — o maior problema do Brasil. Afinal, todos os demais desafios nacionais decorrem dessa enorme desigualdade em um país que, mesmo estando entre as 10 maiores economias do mundo, ainda tem milhões de pessoas sem acesso a serviços básicos, à educação de qualidade, ao empreendedorismo e às tecnologias que poderiam beneficiar toda a sociedade.
Sabemos que é uma missão difícil, mas não impossível. Também sabemos que a área espacial está diretamente ligada à defesa nacional. Embora não apresentemos propostas de aumento orçamentário para gastos militares, defendemos o uso responsável e constitucional dos recursos de defesa, sempre com foco na proteção — e não na agressão — respeitando a Constituição Federal e os tratados internacionais. Entendemos ainda que tecnologias desenvolvidas na área espacial podem gerar benefícios não só para a defesa, mas também para outros setores estratégicos da economia, fortalecendo toda a cadeia produtiva brasileira e reduzindo a dependência de tecnologias estrangeiras.
Portanto, o Brasil no Espaço é um canal que busca a independência tecnológica do Brasil, para que possamos enfrentar desafios geopolíticos, ideológicos e sociais que apenas atrasam o desenvolvimento e trazem sofrimento a qualquer povo do mundo.
Também ressaltamos que não visamos incentivar nacionalismos extremos, nem qualquer tipo de ideologia ou doutrinação. Nosso único objetivo é promover a ciência e a tecnologia espacial no Brasil, independentemente do governo que esteja à frente do país. Se, porventura, houver um governo que dificulte ou não priorize a área que defendemos, entendemos isso como mais um desafio a ser superado — não como motivo para críticas, ataques ou desmerecimento.
Reforçamos sempre o respeito às instituições brasileiras e à Constituição Federal, nossa carta máxima. Acreditamos que, para promover uma indústria espacial sólida em nosso país, não basta contar apenas com o poder público: é necessária também uma mudança de mentalidade da sociedade, para que projetos de longo prazo sejam priorizados e encarados como parte de um esforço coletivo.
É preciso cultivar o pensamento de que minha ideia, meu produto ou meu serviço podem agregar valor não apenas para mim, mas também para a sociedade, para o Brasil e para a humanidade. Somente assim, enfrentando com sabedoria as dificuldades inerentes a toda sociedade humana, poderemos avançar — e aqui, em nosso país, não é diferente.
Por fim, ressaltamos que não temos qualquer ligação com órgãos públicos ou agentes governamentais. Nossa iniciativa é totalmente privada, sempre em conformidade com a Constituição Federal, a carta máxima do país.